Uma voz do outro lado da linha.
De uma mulher?
De uma menina?
De uma tênue criança esquecida?
Não ouço a voz. Sinto-a.
É uma voz humanizada.
É a transferência
do que se chama eu.
É uma voz, nada mais.
Ah! Mas para mim
é bandeira branca,
é um grito de paz!
De uma paz diária, talvez mais.
É que esse simples
momento é tão grande
que o inexpressivo me salva.
O que ou quem te salvaria?
O que te salvaria é tão simples
que você não percebe.
E por não perceber é que perdemos
Aquilo a que chamamos de amor.
Não! Não era apenas uma voz.
Não! Também não era amor.
Era esperança de amor.
E daí? Estou feliz!
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