sábado, 12 de janeiro de 2013

Soledade

Não sei o que estou sentindo agora.
Há um vazio em meu peito.
Não sei se é tristeza ou o que é,
Talvez seja por não ter o que sentir,
Se é que o nada se senti.

Não tenho um amigo para desabafar
E nem ao menos quero falar.
Tenho medo e angústia
E uma coisa que não sei explicar.
Uma coisa muda,
Que cala-se por não saber o que falar.

Falar me assusta,
Porque não conheço os ouvidos
E se sabem escutar.
Tenho a boca para comer e beijar,
Porque falar é um erro,
Um desconcerto de tudo que há.
E enfim, me calo,
Deixo apenas meu olhar.

Quem diria o que estou sentindo agora?
Quem poderia me ajudar?
Tudo o que desejo agora é o silencio
E alguém para poder amar.
Alguém que não precise das palavras,
Que saiba apenas escutar,
E que não precisa dizer o que senti.
Que apenas viva.
Que possa unicamente amar!

No momento tudo é uma ausência
Que aperta meu peito,
Um vazio paralisante.
Se ao menos tivesse algumas lágrimas restantes.
Oh, céus! Amar alguém é pedir demais?

Enfim, resta-me apenas
[uma caneta e uma folha virgem,
E uma soledade.
Minha solidão é uma forma de felicidade.
Sim. Sei que alguns vão me entender e outros não,
E daí, às vezes nem eu me entendo.
Então escrevo, mesmo que ninguém entenda,
E mesmo que não mude nada,
E mesmo que ninguém me ajude.
Não escrevo para ninguém.
Não escrevo para me salvar.
Só preciso desabafar...

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