segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

No Limiar da Morte

No limiar da morte percebo
Que não vivi.
Tudo está perdido,
O pôr-do-sol anuncia o meu fim.
O fim do tempo inorgânico, rejeitado,
Esquecido em si.
A lamúria do amor inconcebível,
Do sonho inibido.

Ah! Como desejaria um último diálogo,
Já que os prazeres físicos
Não mais existem.
Proferir as últimas palavras,
Chorar... Escutar a última canção,
Enfim, morrer em paz.

Não me deixe só,
Tenho medo da escuridão.
Suplico! Não me deixe só.
Tenho medo do que posso causar
A mim mesmo.
Desejo apenas um pouco de atenção
Antes de fechar os olhos.
Não me deixe sozinho.

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