sábado, 12 de janeiro de 2013

Solidão Clandestina

Quem me amará ainda?
Quem segurará minhas mãos?
Quem me dará o abraço que salvará minha vida?
Quem me libertará da solidão?
Seguro as mãos de todo mundo,
mas ninguém segura minhas mãos.

Há muito seguro tuas mãos e te salvo.
Há muito estou em perigo e você não percebe.
Há muito te abraço para não deixar-te sentir-se só.
Há muito sinto-me só e você também não percebe.
Há muito estou sozinho no mundo,
Sinto-me mais só na multidão
que sozinho num quarto escuro.

Sim. Você não percebe. Ninguém percebe.
Ah, mas te perdoo, assim como às vezes
tenho que perdoar a mim mesmo.

Quem me dará amor de graça?
Quem segurará minhas mãos por amor
e não por carência de amor?
Quem me salvará de mim?
Quem dará o simples sorriso que tanto preciso?
Há muito preciso de um abraço;
Há muito preciso de um único sorriso;
Há muito preciso de carinho;
Há muito preciso de amor;
E há muito você não percebe.
Ah! Mas ninguém percebe!

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