Olho a vida.
Meus olhos queimam
Tudo está vivo,
Mesmo quando no agora estou morto.
Fecho os olhos
E a escuridão é salvação
Já não há mais nada.
Mas tudo está em mim.
Sou tudo e todos.
Todos estão em mim.
Mas, e eu, estou em alguém?
Talvez em alguma coisa.
Talvez em uma mariposa
De 100 anos presa em seu casulo.
Não há vida.
Não! Não há nada.
Não há eu
Não há os outros
Não há tempo
Não há morte
Tudo está morto.
Não há nada,
Porque não vejo nada.
E o que não se ver
Não existe.
Há agora apenas o que sinto
E o que sinto é o começo de tudo,
É a aurora do mundo.
Há agora apenas o Ser-aí.
O Ser-aí de mim
E das coisas.
O Ser-aí do mundo.
Do meu mundo.
Há agora apenas o sentir.
Estou vivo ou morto?
Estou pedindo socorro
Para viver ou morrer.
Enquanto escrevo este poema
Estou morno.
E Deus disse:
Vomitarei tudo que não for
Nem frio, nem quente.
E eu, no agora estou neutro
Em meu corpo.
O neutro seria o meu desconhecido?
O desconhecido é transcendente.
A vida é tudo aquilo
Que ainda não veio.
Quem sou agora?
Nesse momento o que sou?
Sou a borboleta que busca
Freneticamente libertar-se
Do seu casulo.
Enquanto escrevo voou pelo mundo.
E tudo é mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário