segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Quero a Coragem de Quem Ama

Deixaste-me sozinho.
Agora está de volta,
De volta em volta.
Porque não me deixou sozinho?
Não. Não quero ficar só.

Teus olhos de inverno me queima
E os teus beijos são os meus.

A solidão me alimenta
como a sombra de um breve
olhar que te condena,
Já que meus olhos podem sentir e exprimir.

Chegou o momento de entregar-se.
Tenho tanto medo de entregar-me.
Por quê?
Porque as pessoas temem tanto
Em entregar-se?

O céu azul me escondia
E a escuridão silente do meu quarto
Era ensurdecedora, minha única companhia.
Não sofria, não era feliz. Vivia.
Senti sua falta, essa falta que é só minha,
E ninguém pode roubá-la.

Agora, em meus pensamentos estou feliz.
Sempre amei você, unicamente.
E não o que você não
Conseguia controlar – sua mente.

E todos que me julga quero
Que vá para o inferno,
Ou então me deixe ir.
O que vocês sabem além de mentir?
Ouviram? Além de mentir.
Vocês são cegos e surdos.
O que seus olhos não enxergam
E seus ouvidos não escutam,
Eu caminho na estrada não percorrida.
Estarei sempre onde vocês
Já mais vão estar,
Por medo, ódio e preconceito.

Em mim está “o verdadeiro amor”.
Digam-me! E o que vocês amam?
Ah, conseguem amar só quem lhes faz feliz?
Ó, Deus! Sinto-me abandonado em forma de amor.
Estarei entre aspas no livro dos que amam.
Covardes! Egoístas!
Acham que o que sentem é amor?
Essa é a paixão mais ínfima.

Não serei um moribundo
Desse amor fúnebre, adulterado.
Não quero viver nessa errante ilusão.
Não quero enganar-me,
Muito menos ser enganado.
Não quero esse amor mendigado.

Quero a dor, a angústia
E o sofrimento de quem amo.
Quero a coragem de quem ama,
Pois para amar é preciso coragem,
E não viver no outro apenas felicidades.

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